O anúncio caiu como uma verdadeira bomba política e científica. Foi Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros, quem confirmou oficialmente o caso no Parlamento, durante a tarde desta terça-feira, deixando deputados e opinião pública em estado de espanto. Portugal acabava de entrar, de forma histórica, no restrito círculo da elite mundial da física.

O protagonista é Nuno Loureiro, físico português de 47 anos, natural de Viseu, que se tornou o primeiro português de sempre a receber o prestigiado prémio da Sociedade Norte-Americana de Física. A distinção foi revelada de forma inesperada no dia 16 de dezembro, em Boston, enquanto o cientista se encontrava no seu local de trabalho. Segundo fontes próximas, Nuno Loureiro terá sido apanhado completamente de surpresa — um momento descrito como “irreal”, num laboratório onde diariamente se tenta decifrar os segredos mais profundos do universo.

Diretor do Centro de Ciência do Plasma e Fusão do MIT desde maio de 2024, Nuno Loureiro construiu uma carreira que muitos consideram meteórica e quase lendária. Antigo aluno do Instituto Superior Técnico, o físico português tornou-se uma referência mundial na física teórica aplicada à fusão, uma área vista como a possível chave para a energia do futuro. No MIT, lidera equipas que trabalham no limite do conhecimento humano, em experiências que parecem saídas de ficção científica.

De acordo com o próprio MIT, a investigação de Nuno Loureiro mergulha em temas altamente complexos e decisivos: reconexão magnética, geração e amplificação de campos magnéticos, confinamento e transporte em plasmas de fusão e turbulência em plasmas fortemente magnetizados. Especialistas internacionais admitem que alguns dos seus trabalhos “mudaram paradigmas” e abriram caminhos que antes eram considerados impossíveis.
A distinção não é apenas um prémio individual — é um marco histórico para a ciência portuguesa. Pela primeira vez, um investigador nacional alcança um reconhecimento que coloca Portugal no mapa das grandes decisões científicas globais. Nos bastidores, fala-se já de Nuno Loureiro como um dos nomes que poderá redefinir o futuro da energia e da física moderna.